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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Viajante por querer


Vivi um sonho de criança que viaja pelos olhos grudados na janela, que imagina uma história longa, toda na aventura e na cultura de viver de galho em galho. Cada galho da mesma árvore; cada cidade, estado e país do mesmo planeta — viver cada montanha, cachoeira, lagoa, arte, folclore. Enquanto criança, cada sonho era uma possibilidade real e uma realidade distante: viajar! E quando adulta, cada viagem uma distância realizada por um bom motivo.

Motivo bom para distribuir ao Brasil em palavras: oportunidades. Tento traduzir em ritmo, expressões e vocabulário o que a natureza não fala, mas faz sentir. Narro o Brasil que tenho oportunidade de conhecer para divulgá-lo. Divulgar a existência daquilo que é riqueza para quem não conhece, riqueza para quem ama, dia-a-dia para quem mora. São chances que tive porque foi o que escolhi fazer: sair, independente do dia, receber o mundo, e me entregar aos passos da natureza, da arte e da incerteza.

Entre viajantes e leitores acontecem encontros, elos, ampliados pela história que começa. Amigos de viagens são encantados porque têm cenários e lembranças definidas. Assim, as afinidades comemoram e as diferenças ensinam. E mesmo num certo mundo que, às vezes, parece assustador, o turismo bem cuidado ainda pode levar o meio ambiente e as pessoas a se respeitarem mais. Assim, as pessoas podem ler e escrever fatos reais e bons e belos.


Existe ainda natureza viva na essência de cada lugar. Existe ainda certo espírito de amor e paz, de natureza e criança. Tudo pode ser produzido em um só gesto, basta tentar. Basta sentir os lugares e as história das pessoas que passam por nós.

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