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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Com sequência

Como poesia criada
e depois deixada, sou
um pequeno papel.
Com o vento, vôo
pelas ruas empoeiradas
sou rascunho e tapete.
Entre as grades, encontro
natureza e verdes
e, dentre, um rio.
Vago por onde fui
criada sem rumo
não sei minhas palavras.
Sou de papel e não caio
quando jogada no abismo,
amassada, queimada pelo sol.
Tenho um movimento leve
e meu resgate só pode ser
com a atenção nos detalhes.
Consegue me ver,
entre os espaços brancos,
um olhar para me ler.


2 comentários:

  1. que lindo poema, Vane

    =)

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  2. Neste "pequeno papel" você escreve um lindo poema. Suas palavras transbordam para além do papel.
    abraços,

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