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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Destino desistino destido



Passo tempos sem escrever nada, apenas captando a vida. Capto a vida muito mais do que leio poesias e assim que aprendi a escrever. Foi algo que dominou minha forma de viver. Mas me pergunto se vivo quando não escrevo? Do que vale a vida nesse período que não é tratada em cada palavra como um roteiro... Onde estou nesse tempo, o que ando fazendo ou pensando? É quando chega um momento e começo a me procurar, não compreendo o lugar onde estou e muito menos sei onde eu deveria estar. É apenas a vida que começa e acaba todos os dias em meu quarto. Clareia, escurece, necessita, relaxa, explica. Perde o controle da agenda que perde o sentido. Às vezes, ganha uma tarefa que perde a claridade e a escuridão saindo da rotina. Essa é a vida que escolhi conforme os caminhos apareceram e que hoje tenho que amar. Onde vou chegar não sei, muito menos por onde devo ir. Sei apenas que tenho que aumentar a minha velocidade para chegar ao sonho de que os dias passem mais devagar, de que sejam mais variados em um lugar onde o prazer é além do quarto, ou do trabalho. Lembrei o quanto eu queria andar pela natureza.

3 comentários:

  1. há coisas de dentro que só se sabe quando não se entende. vontades profundas que não precisam ser explicadas, apenas vividas. há muito mais vida fora das palavras, mas a elas damos vida. em cada uma dessas suas palavras sinto vida, sinto experiências, desejos, quereres, sentimentos. é tão amplo. bom te ler. =)

    beijo,
    G.

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  2. Vanessa, escorpiana.

    Lendo sua frase "Passo tempos sem escrever nada, apenas captando a vida." me lembrei de uma poesia que postei no meu blog e que fala mais ou menos disso. Leia lá: o nome da poesia é intitulada "Vagabunda" e o link é http://eng-ivanbueno.blogspot.com/2010/02/agora-que-o-dia-passou-voce-me-chega.html. Na verdade não há regras. A inspiração vem quando quer e de onde não sei ao certo, mas vem. É o que importa.

    Outra frase sua instigante é "Onde vou chegar não sei, muito menos por onde devo ir. Sei apenas que tenho que aumentar a minha velocidade para chegar ao sonho de que os dias passem mais devagar, de que sejam mais variados em um lugar onde o prazer é além do quarto, ou do trabalho." Ai... desejo de tantos. Tempo mais suave, mais lento, vida com mais prazeres, menos afazeres obrigatórios, vontede de "andar pela natureza." Sonho meu, sonho seu, sonho universal!

    Beijo grande, poeta.

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

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  3. Olá, moça. Tenho lido bastante textos na internet estes dias e, quase sem querer, encontrei teu blog, onde, confesso, me encontro um pouco refletido. Tento ser escritor também e acabo ficando meses sem escrever, apenas fico captando vida, mas coisa ruim é quando meu "catalisador" fica entupido. Um abraço. (e vou te seguir)

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