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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Luxo da arte de Milton Mota é motivo de encontro entre artistas

A Casa do Olhar Luiz Sacilotto, em Santo André, é convidativa, conta uma história pela sua arquitetura e outra pelas obras de arte que usufruem de seu espaço. O artista plástico Milton Mota soube fazer as escolhas para dar mais perfeição à exposição Trajeto. No dia 5 de agosto, a elegância e organização começam desde o estacionamento, descontraem com as cores e, na entrada da casa cheia, sente-se um clima sereno e alegre: as obras estavam assistindo, como já previsto, o encontro de pessoas, poesias e artes plásticas.
  
Milton Mota dentro da obra Viandante

Ao abrir o livreto da mostra, as fotografias das obras estão adornadas com palavras escritas por poetas, descobre-se mais um espaço para a diversidade de linguagens. Entre uma leitura e outra é possível mergulhar na lembrança de cada escultura, pintura, objetos escultóricos e instalações. Essa imersão demonstra a paciência, a delicadeza e a criatividade que Milton dedicou em suas construções. Elas surpreendem os olhos com beleza, intrigam os pensamentos com formas, dão gosto pela qualidade e permitem uma imaginação liberta pela forma bi e tridimensional.

Livretos apreciados por Ana Paolli e Stefano Moliner 

Fui uma das poetas convidadas para escrever sobre uma das obras, que intitulei como “Iguais”. Fui presenteada com uma publicação inspiradora ao lado de outros poetas que admiro, e em conjunto com o artista plástico que passei a admirar, não só pela real qualidade do que pude ver, mas também pela iniciativa de integrar as diferentes artes e de eternizar a aproximação das pessoas em uma publicação impressa. A exposição Trajeto está aberta até 5 de setembro de 2010, na rua Campos Sales, 414, Centro – Santo André.  
Eu e Milton Mota junto a obra Iguais

Iguais
Por Vanessa Moiseieff

Se não somos todos uma mesma fórmula,
perdidos dentro de um corpo estranho.
Somos um ninho de nós, nos viramos,
Desatamos, encontramos com a perdição.
Contornamos.

Enquanto radiamos o sol que somos,
vivemos na mesma seqüência sem poder evitar,
todos de um mesmo jeito sendo apenas um,
Fazemos macramê daquilo que somos feitos.
Somamos sem aumentar.

Hipóteses sem respostas sobre a vida.
Mais um nó, uma fase, uma sensação.
O que fazemos não sabemos, percebemos.
O que fazemos é o que somos. Tornamos-nos.
Iguais a nós.


AMIGOS E CONVIDADOS

escritora Laura Elias

poeta Geraldo Barros


Um comentário:

  1. Olá,
    estou fazendo a primeira visita ao seu blog; estou achando "sensacional". Ainda irei navegar mais por aqui, mas pelo que já li e observei, um detalhe me chamou a impressão: o seu cuidado com a "palavra"; não somente em sua escrita e idéias, mas como ela é inserida em todo o contexto. Escrevo também, um outro estilo e não tão assim-assim (rss), mas gosto de aprender e ler sobre o que realmente é bom. Parabéns e Sucesso sempre. Estou reformulando meu blog, breve voltarei as minhas postagens. Abrçs

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