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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Prezado Elifas Andreato,

Não sei se acredita em destino ou em energia morfogenética, são, no mínimo, palavras confortáveis quando queremos explicar algo. É meu caso em muitos momentos, por exemplo, quando recebi em casa a revista Brasileiros deste mês e comecei a ler. O entrevistado da vez transmite uma energia que eu já conhecia: você. Uma vez assisti uma palestra sua, estou sempre em busca de respostas um pouco mais esclarecedoras. Foi em algum evento de sustentabilidade de marketing ou de jornalismo literário, mas isso não importa muito, o que me motivou a enviar este e-mail foi o seu grito de querer mudar o mundo.

Estou com 25 anos e às vezes pareço ridícula querendo fazer isso, me chamam de sonhadora. Criei então uma personagem poeta que me faz menos ansiosa para as missões de pessoas como nós. É tão linda a sua história e vivência, é como dizer que eu gostaria de ter vivido a época de efervecência cultural aqui no Brasil, e você oferece todas as histórias vivas para contar, pois esteve ao lado de pessoas incríveis. Elas tinham algo no espírito que o contaminou, que eu sei que tenho também. É algo que hoje parece um pouco absurdo (tanto quanto falar em gentileza ou natureza, amor, cultura e memória), porém é certeza que é um caminho certo e que as pessoas um dia vão dizer: “Se eu soubesse que era tão fácil e tão bom”.

Trabalho há três anos em uma revista de pesca esportiva e escrevo muito sobre meio ambiente e turismo. Foi muito intenso e enriquecedor para viver de pé no chão e ter a referência deste outro lado, comum. Tenho plena consciência da minha sede em conhecer lugares, culturas, criatividades. E tenho uma aliada, que quando perco a força ela aparece com uma super energia: a minha paixão física por escrever e mergulhar nas palavras. Hoje, o que mais quero é dar um salto, subir um degrau, conhecer mais para poder continuar contribuindo com meu trabalho. Quando um escritor tem um leitor é o máximo, no entanto, o máximo é ter leitores que tenham um novo escritor, certo?

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