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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Cobri o vazio com a esperança que não pode ser

O Sol me recebe ao acordar. Parecendo querer me dizer alguma coisa, depois de uma noite mareada na cama. "- Ficar acordada para quê?", uma frase do sono sentado. E a música de ninar não mais canta alegria.

Numa certa idade, nos damos conta da vida. E escolhemos mais uma vez aquilo que não sonhamos. É quando a vida nos elege. Quando os sonhos são apenas isso, sonhos. Fica difícil animar, fácil a revolta do tempo corrido.

E quando está perdido o tempo que ainda virá? Ou não está perdido. O pudor e o bom humor perdem o sentido. E o gozo é dito de forma natural no prato de comida.

Não importa se é doce ou salgado, é engolido para aliviar o incapaz. O poder pensado é esquecido na fuga. Lembrado no primeiro prazer, ao escutar do velhote da esquina: “chocolate engorda”.

Mesmo com o vento gelado, o Sol permanece ali, codificando energia. Pois entenda ao menos que há uma companhia!. Há ainda o que não se prevê.

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