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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sabedoria do Tempo

Antes de mais nada,
além do fim que chega,
quero me apresentar.

Entrego-lhe uma caixa,
empréstimo de reflexão.
Junto ao filme preferido
para comover qualquer ser
que goste da vida, da arte
do amor ou dos detalhes.

Confio-lhe meus pertences,
dizeres importantes,
insights desesperados,
lembranças de uma construção
e quase leva minha alma.
Despercebida, fico nua.

O precioso de uma vida
ele sabia. Como recurso,
como o tempo, eu não poderia
deixá-lo, deixá-lo esquecer.
Ele não assiste, não lê,
o tempo passa...

Passagens de ônibus,
fotografia de infância,
um soneto escrito para mim.
Gracinhas de papel e guardanapo.
Relatos em objetos,
que o tempo não me apaga.

Grito para olhar! Sei escrever,
gosto de ler, amo assistir...
Criei desenhos recortados,
já soube desenhar,
colecionar figurinhas...
e guardei suas folhas de rosas!

Tudo que eu tinha
voltou pelo correio.
O esforço, conseguiu,
chegou ao seu destino...
me comoveu.







Um comentário:

  1. Cara Vanessa, prezada.
    Agradeço tua visita e gostaria de te dizer da minha admiração por tuas palavras.
    Belas!

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