Antes de mais nada,
além do fim que chega,
quero me apresentar.
Entrego-lhe uma caixa,
empréstimo de reflexão.
Junto ao filme preferido
para comover qualquer ser
que goste da vida, da arte
do amor ou dos detalhes.
Confio-lhe meus pertences,
dizeres importantes,
insights desesperados,
lembranças de uma construção
e quase leva minha alma.
Despercebida, fico nua.
O precioso de uma vida
ele sabia. Como recurso,
como o tempo, eu não poderia
deixá-lo, deixá-lo esquecer.
Ele não assiste, não lê,
o tempo passa...
Passagens de ônibus,
fotografia de infância,
um soneto escrito para mim.
Gracinhas de papel e guardanapo.
Relatos em objetos,
que o tempo não me apaga.
Grito para olhar! Sei escrever,
gosto de ler, amo assistir...
Criei desenhos recortados,
já soube desenhar,
colecionar figurinhas...
e guardei suas folhas de rosas!
Tudo que eu tinha
voltou pelo correio.
O esforço, conseguiu,
chegou ao seu destino...
me comoveu.
Cara Vanessa, prezada.
ResponderExcluirAgradeço tua visita e gostaria de te dizer da minha admiração por tuas palavras.
Belas!