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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Turista do paraíso

Saí andando pela estrada sem esperar os parâmetros que os humanos vivos não vêem. Ninguém pode imaginar a realidade além deste mundinho onde o chão é chão. Andei até o této da montanha de barro laranja, como já havia feito por Minas Gerais, mas na chegada vi um barranco com uma bela proteção moldada. Tive medo de cair. Parecia uma cerca, daquelas artísticas de cimento imitando madeira, e ela estava um pouco depois do início do precipício. Olhando lá de cima, rodeado por montanhas, estava o solo. Tinha, logo a frente, do lado direito, um lago meio verde-azul com um roda moinho que engolia, mas depois mandava de volta quem nadava por ali. Eram pessoas totalmente livres e felizes que estavam na água, o prazer permitiria talvez um banho por toda a eternidade. As cores ressaltavam a curiosidade e o prazer, eram cores de verdade, parecidas com tinta da parede bem pintadas que saem na mão. Olhei um pouco mais para a esquerda e ali vi o céu. Mas ele estava como o lago, as estrelas e seu fundo escuro estavam no chão, o universo esfumaçava em branco o infinito, cair ali seria sair pelo universo.

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